O Sp. Braga x U. Leiria disputou-se às 16h00 de domingo mas continua a dar que falar. O jogo, que terminou empatado a zero, acabou com escaramuças entre elementos das duas equipas na zona do túnel e dos balneários, com Fernando Couto e António Salvador a serem citados como os mais alterados entre os presentes. O presidente dos leirienses diz mesmo que o seu clube «vai recorrer à justiça civil porque o que se passou ultrapassa a competência da Liga».
A polémica começou no «não» da União de Leiria quanto à possibilidade de adiar o jogo e subiu de tom com a arbitragem de Bruno Paixão, que desde cedo desagradou aos arsenalistas.
Segundo um delegado da Liga, o árbitro foi intimidado ao intervalo com a «oferta» de duas fotografias de lances relativos à primeira parte, que ajuizou de forma incorrecta: uma entrada violenta de Fabrício sobre Hélder Barbosa e um fora-de-jogo mal assinalado.
Abel Castro Cutelo, o delegado em causa, revelou à Antena 1 que Bruno Paixão lhe entregou as imagens, que estão agora anexadas ao relatório do árbitro para avaliação da Comissão Disciplinar. Entretanto, o Sp. Braga, em comunicado, já desmentiu qualquer ligação a esse incidente.
«Face às recentes notícias, o SC Braga desmente qualquer envolvimento nas alegadas situações ocorridas no intervalo do jogo entre o SC Braga e a União Desportiva de Leiria, disputado domingo, dia 1 de Maio, no Estádio AXA.
O SC Braga, como sempre, pauta a sua actuação pela transparência e rigor em prol de um futebol cada vez mais credível, colocando-se à disposição de todas as entidades competentes para auxiliar nos esclarecimentos que julguem necessários.
Braga, 2 de Maio de 2011
O Conselho de Administração»
A questão é que o final da partida trouxe mais polémica ao AXA. Os ânimos estavam exaltados de um e outro lado e, supostamente, das palavras houve quem passasse aos actos. Já por cenas ocorridas na zona dos balneários, Fernando Couto é acusado de agressão a atletas leirienses.
Sá Pinto admitiu a existência «de algumas bocas» mas o dirigente máximo da União de Leiria, João Bartolomeu, disse à agência Lusa que o cenário foi bem mais grave.
«O que se passou em Braga foi gravíssimo e tem de chegar aos tribunais civis. O que se passou ultrapassa claramente a competência da Liga. [Salvador e Couto] entraram ao pontapé, ameaçaram-nos com insultos de toda a ordem e disseram que devíamos descer de divisão... O que se passou não tem desculpa. Nunca ouvi falar em nada assim, nem tenho conhecimento que alguma vez tivesse acontecido. Nem em África! Para bem do futebol, peço que isto não aconteça em mais lado nenhum. Estou muito triste com isto que se passou e por isso vamos agir judicialmente, porque isto vai muito para além da Liga. As pessoas que o fizeram estão identificadas e vamos agir contra elas. O que se passou não tem desculpa, porque é de uma gravidade incalculável», afirmou o presidente da turma do Lis.
«Não antecipámos o jogo porque se trata de uma meia-final [na Liga Europa] entre duas equipas portuguesas e decidimos ter uma postura de igualdade, para não prejudicar nem beneficiar nenhuma delas. Se fosse contra uma equipa estrangeira, teríamos aceite o pedido de alteração do jogo», justificou ainda João Bartolomeu.
«Tínhamos boas relações com o Sp. Braga, não havia qualquer caso anterior. Ninguém no futebol esperava uma situação destas. Mas todas as pessoas têm momentos maus. Também já tive os meus, mas não pontapeei portas, nem invadi balneários. O que se passou é inacreditável, não é admissível em lado nenhum», concluiu. "in zerozero.pt"
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