NOTICIAS DO ENORME DO DIA 16/10
Regresso às vitórias antes da Liga Europa
Vencer é o melhor remédio, nem que seja contra um adversário de escalão inferior. Se há boas alturas para se encontrar adversários como o 1º de Dezembro, ontem foi um desses dias para os arsenalistas. O jogo, ainda que possa não parecer, revestia-se de grande importância para o Sporting de Braga. A equipa vinha de duas derrotas consecutivas, coisa pouco ou nada vista nos últimos tempos e, por isso, era de capital importância ganhar e convencer.
E se o primeiro foi conseguido sem mácula, cumprindo o objectivo e mantendo a chama de se atingir a final da competição e levantar o troféu, a verdade é que quanto ao segundo também se pode dizer que a supremacia evidenciada pelos arsenalistas conferiu-lhe a convicção da vitória já a exibição foi o quanto baste.
A equipa arsenalista entrou para o campo com a intenção de rapidamente chegar ao golo, mas os processos que utilizava para se aproximar da baliza adversária revelavam-se um pouco lentos. Ainda assim, de quando em vez, lá vinha um safanão no jogo, uma mudança de flanco, o adversário abanava.
Foi numa dessas situações que os arsenalistas chegaram ao golo. Utilizando processos simples a equipa de Jardim fez o golo com uma boa execução de Leandro Salino. O adversário não se atemorizou nem se diminuiu, pelo contrário, reagiu. E num lance idêntico a outro que já havia tentado, mas sem efeito, acabaria por chegar à igualdade perante incredulidade de alguns dos jogadores bracarenses.
Já antes o azar batera à porta dos bracarenses, Imorou tinha-se lesionado e cedido o seu lugar a Mérida o que fez recuar Hélder Barbosa para lateral esquerdo. Ora, logo após o empate, veio a reacção do banco arsenalista. Jardim desapertou um pouco o nó da gravata, olhou para o campo, e decidiu que Hélder Barbosa tinha de ir para a sua posição habitual, Mérida encostou na ala direita, Salino passou para lateral direito e Rodrigo Galo mudou para o lado esquerdo da defesa.
Em hora boa assim foi, pois foi precisamente Hélder Barbosa que acabaria por fazer o segundo golo e colocar um pouco de água na fervura que, apesar de nunca ter ameaçado, podia a qualquer momento, por arte e engenho destas coisas do futebol, entrar em ebulição.
Mas na realidade, isso nunca aconteceria até porque os bracarenses tiveram sempre o jogo controlado e mantiveram a toada lenta até final sob a batuta de Hugo Viana. De resto, foi mesmo o médio que escreveu a partitura deste jogo, moldando os ritmos a seu belo prazer, descaindo para a direita ora pra a esquerda e fazendo rápidas mutações de flanco que procuravam desequilibrar o adversário.
Na segunda metade, a equipa de Jardim entrou disposta a resolver cedo a questão com um terceiro golo, mas este só chegaria já depois de o 1º de Dezembro se ter aproximado da área do Sporting de Braga ainda que sem muito perigo. A eliminatória nunca esteve em causa, mesmo depois do empate num jogo que fica marcado negativamente pela lesão de Imorou.
CORREIO DO MINHO
«Deixar de falar em crise»
extremo congratula-se com triunfo
Minutos após o jogo, Hélder Barbosa era o rosto do contentamento bracarense no que diz respeito ao triunfo e consequente passagem à 4.ª eliminatória da Taça.
“Mais uma vitória rumo ao objetivo, num campo que podia ser difícil mas que conseguimos tornar fácil. Este resultado era importante para a confiança vir ao de cima e deixar de se falar em crise no Sp. Braga”, comentou o avançado, de 24 anos, que sobre o sintético reconheceu: “Não fizemos a adaptação ao campo, o que dificultou um pouco, mas conseguimos uma boa vitória.”
RECORD
Ingredientes novos mas o mesmo sabor
Se o jogo com o 1º Dezembro fosse um concurso de culinária, então o cozinhado preparado por Leonardo Jardim teria merecido boa nota. A mistura de ingredientes, uns mais frescos e outros mais utilizados, resultou em cheio e, com isso, o Braga confirmou a regra de avançar, pelo menos, uma eliminatória da Taça de Portugal, criada em 2000/01, época em que foi eliminado pela última vez logo no arranque. O que sucederá daqui em diante logo se verá - na temporada transacta o clube caiu logo nos 16 avos-de-final, contra o Benfica -, mas ficou a ideia que não faltam opções ao treinador dos bracarenses para realizar a tal gestão que tanto deseja e que será necessária para enfrentar todas as provas. A mais fiável terá sido Vinícius, que rendeu muito bem Djamal, mostrando credenciais para substituir o internacional líbio quando, em Janeiro, este rumar ao Gabão e à Guiné Equatorial para disputar a Taça das Nações Africanas.
A surpresa que Leonardo Jardim tanto temia para esta eliminatória - talvez alimentada pelas dificuldades que o Braga sentira na última vez que esteve no Campo Conde de Sucena - acabou por não se verificar. O 1º Dezembro, a viver a melhor temporada do seu historial - nunca havia estado na II Divisão -, ainda chegou a esboçar uma reacção à vantagem conquistada naturalmente pelos minhotos, mas tudo não passou de uma ameaça, até porque o técnico madeirense apressou-se a reorganizar a equipa, que parecia algo perdida defensivamente após a saída de Imorou (lesionado). Aliás, a incerteza no resultado durou somente quatro minutos, tempo que precisou Hugo Viana - o grande motor da equipa e a peça que terá faltado na derrota com o Leiria, para o campeonato - encontrar na área Hélder Barbosa, que anulou a euforia dos sintrenses com um golpe de cabeça digno dos melhores pontas-de-lança. O internacional jovem português, que parece empenhado em afastar de vez o epíteto de eterna promessa e em chamar a atenção de Paulo Bento, já leva sete golos esta época, apontados das mais variadas formas (dois com o pé direito, dois com a cabeça, três com o pé esquerdo) e nas mais variadas competições (só falta mesmo na Taça da Liga).
Sem capacidade física e psicológica para reagir ao tal segundo golo do Braga, ao 1º Dezembro restou tentar evitar um resultado que o fizesse sair envergonhado da prova. Alberto Bastos Lopes ainda tentou empurrar a equipa para frente com substituições de carácter ofensivo, mas esta só foi capaz de se soltar quando os arsenalistas decidiram que estava na hora de descansar. Isto é, depois de Carlão ter feito o terceiro golo, que teve ainda o condão de acabar com qualquer réstia de esperança que os adeptos sintrenses podiam ter de prolongar o sonho.
Arbitragem
Interveio pouco e sempre bem
Bruno Esteves pode agradecer aos jogadores o facto de ter passado despercebido. Num jogo com poucas faltas, o árbitro interveio quando foi necessário e mostrou (bem) um amarelo a Hélder Barbosa. As únicas dúvidas prendem-se com um golo anulado a Nuno Gomes, por fora-de-jogo.
O MOMENTO
24' [1-2]
Fim de festa e da ameaça
O golo do 1º Dezembro minutos antes soltara a festa dos locais, que começavam a acreditar na hipótese de bater o Braga, mas Hélder Barbosa resolveu estragá-la quando esta ainda nem tinha atingido o clímax. Bem servido por Lima na área, o extremo elevou-se bem e, com um cabeceamento digno de um ponta-de-lança, recolocou os minhotos em vantagem.
Lances-chave
2' Passe recuado de Salino para a entrada de Galo, que remata cruzado e ao lado.
18' [0-1] Hugo Viana lança na direita Lima, que encontra Salino sozinho à entrada da área. O médio dispara de primeira e bate Miguel Aleixo.
20' [1-1] Resposta imediata do 1º de Dezembro. Ricardo Gomes fura pelo centro da defesa do Braga e, perante a saída de Berni, faz a bola sobrevoar o italiano, obtendo o empate.
24' [1-2] Hélder Barbosa, de cabeça, recoloca o Braga em vantagem.
70' [1-3] Salino rompe pelo meio-campo e serve Mérida, que lança Carlão na área. O avançado, frente a frente com Miguel Aleixo, desvia do guarda-redes e mata o jogo.
76' Berni, com uma grande defesa, evita o golo a Janú, que beneficiou de um erro de Salino para ficar solto na área.
83' Patrick desvia um tiro fraco de Tomaz e quase surpreende Berni, que ainda se faz ao lance.
A ESTRELA
Hélder Barbosa 7
O improvável goleador
Que grande início de época! Logo a seguir ao 1-1, puxou dos galões e, de cabeça, colocou de novo o Braga em vantagem. Confiante, - já marcou em todas as provas, num total de sete golos - cresceu ainda mais na segunda parte, com incursões e remates à esquerda.
O Braga um a um
Berni 5
Segundo jogo pelo Braga, agora com pouco trabalho. Não teve culpas no golo e fez uma boa defesa a remate de Janú.
Rodrigo Galo 5
Muito melhor na frente do que atrás. Começou na direita e depois do empate trocou de lado.
Douglão 4
Muito intranquilo na estreia e com falhas de comunicação com Galo e Berni. Perto do fim, quis fintar em zona proibida e colocou a equipa em risco de sofrer o 2-3.
Paulo Vinícius 6
Fez jus ao estatuto de titular e foi o mais seguro da defesa.
Imorou -
Saiu lesionado logo aos 12'.
Vinícius 6
Mostrou que Djamal tem uma alternativa fiável. Tranquilo a defender, colocou sempre a bola jogável para os colegas.
Salino 6
Foi dele o melhor golo da tarde. Depois, cumpriu a lateral.
Hugo Viana 7
Muito interventivo, com passes e nós cegos aos adversários. Foi a referência na organização ofensiva.
Lima 7
Sempre em movimento, fez duas assistências para golo.
Nuno Gomes 4
Muito apagado. Foi apanhado três vezes em fora-de-jogo na segunda parte e saiu.
Mérida 6
Bom de bola, por vezes exagerou no individualismo. Serviu e bem Carlão para o 1-3.
Carlão 5
Entrou e marcou logo a seguir,
Alan 3
Entrar para ganhar ritmo para Maribor.
Leonardo Jardim
"Falta de consenso na rega do sintético"
Leonardo Jardim destacou o facto de o Braga ter "cumprido o objectivo", num jogo de "fases distintas". "Sempre que precisámos de marcar, acelerámos e fizemos a diferença. Houve fases em que gerimos e o adversário teve pequenas reacções", comentou, desagradado com outros aspectos. "A bola é diferente. O relvado é sintético e não foi regado. Foi pena não ter havido consenso neste aspecto. O calor também dificultou", admitiu. Sobre Nuno Gomes, acha que "caiu da primeira para a segunda parte".
Adutor traiu jovem Imorou
Imorou esteve apenas nove minutos em campo. O lateral-esquerdo contraiu uma mialgia no adutor da perna esquerda, uma lesão que, segundo os responsáveis arsenalistas, nada tem a ver com o problema clínico anterior que afectou o jogador. Desta forma, Imorou será reavaliado entre hoje e amanhã. Hélder Barbosa também apresentou queixas, fruto de um "pequeno toque" e saiu "apenas por precaução", conforme explicou Leonardo Jardim.
SAD minhota em peso
Mesmo tratando-se de um jogo com um adversário de um escalão inferior, a SAD do Braga esteve em força em Sintra. Desde o presidente António Salvador ao "manager" Fernando Couto quase ninguém faltou, no que ao estado maior arsenalista diz respeito. De resto, a equipa minhota também contou com o apoio de cerca de 100 adeptos. As claques chegaram ao estádio Conde de Sucena quando já estavam decorridos os primeiros cinco minutos.
Receita ainda em discussão
O Estádio Conde de Sucena viveu mais uma tarde de festa, com a única bancada do recinto cheia e muitos espectadores à volta do relvado. Na época passada, o Braga ofereceu a parte a quem tem direito da receita ao 1º de Dezembro, algo que volta a ser hipótese agora. Contudo, as Direcções conversaram ontem sobre o tema e não chegaram ainda a consenso.
DISCURSO DIRECTO
"Foi mais uma vitória rumo a um objectivo, num campo que podia ser difícil, mas que tornámos fácil. Não tivemos adaptação ao campo, o que nos dificultou um pouco, mas conseguimos uma vitória que nos dá confiança. Já não podem falar em crise no Braga. Vou até onde a equipa e o treinador me permitirem. O meu primeiro objectivo é ajudar o Braga, mas tenho a ambição de chegar à Selecção A. Em Maribor, vamo-nos impor e pontuar, de certeza."
Hélder Barbosa
Jogador do Braga
"Sabíamos que se tratava de um jogo difícil. Tentámos fazer o nosso jogo, mas o Braga foi forte, adaptou-se bem ao sintético. Só fizemos um golo, o Braga fez três e é um justo vencedor do jogo. Quando chegámos ao 1-1, sentimos que podíamos provocar uma surpresa, mas logo a seguir sofremos o segundo. Ainda lutámos até ao fim, mas o Braga é muito forte. A maneira de jogar do Braga foi praticamente a mesma do ano passado."
Tó Branco
Jogador do 1º de Dezembro
O JOGO
Juniores C
Braga goleador
O Braga goleou o Macedo de Cavaleiros, por 8-1, num dos cinco jogos antecipados do Nacional de Juniores C. Resultados: Série A: Macedo Cavaleiros-Braga, 1-8, Chaves-Moreirense, 0-1; Série F: Barreirense-Lusitano de VRSA, 1-2, Setúbal-Esp. de Lagos, 4-0 e Odiáxere-Lusitano de Évora, 0-0.
O vice-líder, Leões de Porto Salvo derrotaram tangencialmente o lanterna-vermelha, Sporting de Braga, por 4-3, e o AMSAC alcançou o resultado mais surpreendente da ronda, ao bater os açorianos do Operário, por 5-3, e fugindo assim aos últimos lugares da tabela. De realçar, ainda, os 16 golos obtidos no jogo Modicus-Olivais.
Resultados 7ª jornada de futsal
AMSAC-Operário 5-2
Benfica-Belenenses 2-1
Freixieiro-Académica 4-1
Fundão-Boavista 4-3
Leões de P. Salvo-Braga 4-3
Modicus-SL Olivais 9-7
Hoje, às 16h00
Sporting-Loures
O JOGO
Superior: Sp. Braga teve de suar muito para bater equipa da II divisão
Jardim resolve jogo no banco
O Sp. Braga apurou-se para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer o 1º de Dezembro (II Divisão), num jogo que teve emoção até aos 70’ Foi preciso Leonardo Jardim fazer entrar Carlão para acabar com o suspense e alguma ansiedade dos bracarenses, que vinham de duas derrotas consecutivas (Liga Europa, frente ao Club Brugge, 1-2, e Liga, diante da U. Leiria, 0-1).
Carlão entrou para o lugar de Nuno Gomes e na primeira vez que tocou na bola fez o golo que resolveu uma eliminatória bem ganha pelos visitantes, não sem algum sofrimento pelo meio.
A equipa de Leonardo Jardim esteve em vantagem, num bom golo de Salino, ontem adaptado a lateral-direito durante quase todo o jogo, devido à lesão de Imorou. Mas o 1º de Dezembro marcou quase de seguida, num excelente chapéu de Ricardo Gomes.
Em quatro minutos alucinantes (entre os 18’ e os 22’) viram-se três golos, o último a dar nova vantagem aos arsenalistas, por Hélder Barbosa, de cabeça.
O 1º de Dezembro bateu-se quase sempre de igual para igual, mas não teve antídoto para o substituto Carlão, que marcou o 1-3. Foi tudo uma questão de classe e muito mais opções...
"JOGÁMOS MELHOR"
"Penso que jogámos melhor do que o adversário e praticámos um futebol mais agradável", afirmou Alberto Bastos Lopes, treinador do 1º de Dezembro.
"Não podemos ombrear com equipas profissionais, porque temos algumas dificuldades", observou.
"CUMPRIMOS OBJECTIVO"
"Cumprimos o objectivo de passar a eliminatória. Sempre que precisámos de fazer golo, conseguimos acelerar e fazer a diferença", disse Leonardo Jardim, treinador do Sp. Braga.
"Houve fases em que gerimos o resultado e nessas fases houve uma pequena reacção do adversário", acrescentou.
FICHA DE JOGO
Taça de Portugal - 3.ª eliminatória
Campo Conde de Sucena - Assistência: 1500
1º DEZEMBRO: Miguel Aleixo, Tó Branco, Sérgio Nunes, Tomaz, Rony, Wilson (Jack 60’), André Anastácio, Ricardo Cunha (Patrick 71’), Rui Miguel, Ricardo Gomes (Tiago Correia 80’), Janu.
Treinador: Bastos Lopes
SP. BRAGA: Tommaso Berni, Galo, Paulo Vinícius, Douglão, Imorou (Fran Mérida 12’), Leandro Salino, Vincius, Hugo Viana, Lima, Nuno Gomes (Carlão 67’), Hélder Barbosa (Alan 76’).
Treinador: Leonardo Jardim
Golos: 0-1 L. Salino (18’), 1-1 Ricardo Gomes (20’), 1-2 H. Barbosa (22’), 1-3 Carlão (70’)
Figura do Jogo: Leandro Salino, médio, 26 anos
Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal) 7
Disciplina: AMARELO: Hélder Barbosa (62’)
CORREIO DA MANHA
"Poker" de Vítor Hugo coloca Leões de Porto Salvo na vice-liderança
Com quatro golos apontados, Vítor Hugo foi a grande figura dos Leões de Porto Salvo, no sexto triunfo alcançado em sete jornadas por parte da equipa que este ano faz a sua estreia no principal escalão nacional, e que assim assume a vice-liderança à condição na prova. O Sp. Braga/AAUM voltou a perder pontos perto do fim.
A partida parecia correr de feição para o conjunto liderado por Ricardo Lobão, que a dois minutos do final vencia por 3-1. Mas uma boa reacção dos minhotos conferiu uma igualdade parcial, que seria desfeita a onze segundos do final com o quarto golo da autoria de Vítor Hugo.
FutsalGlobal
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