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Desde 1921 a Criar Paixões

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


O final do ano, surgiu, mais uma vez repentinamente, como acontece todos os anos. Prenúncio de que corremos céleres na celebração de cada Natal de cada Páscoa que as férias chegam depressa em cada Verão das nossas vidas. Até parece que os dias de hoje são mais pequenos do que os de ontem. A vida afinal acontece tão depressa que urge celebrar cada ocasião como se fosse a última.
Na minha infância Dezembro era o mês mágico. Da magia vinda dos presépios que criavamos com todo o cuidado com as figuras biblicas colocadas estrategcamente sobre o musgo que tinha trazido do monte ás postas e do pinheirinho que assinalava a luz do nascimento e que emprestava á casa um aroma a pinho que ficou para sempre na minha memória.
O Dezembro era a minha libertação. Sonhava o ano inteiro com o dia em que ia ao monte que ficava logo ali bem pertinho de casa de meus avós e de lá trazia a magia carregada ao colo. Eram outros os tempos. Tempos que passavam devagar para que nos deliciassemos de cada momento porque seriam únicos e porque afinal eram tempos de infância. Um tempo tão pequeno quanto nós.
Certamente, por isso mesmo, o que mais saudades traz nesta época de final de ano. Depois seria tempo de crescer e de deixar as magias para trás. Ou como escreve o Carlos Tê na música do Rui Veloso “É triste ser-se crecido e não ter mais redea solta.Ir descobrir o sentido Do mundo à nossa volta É triste dizer adeus Aos nossos velhos cantinhos E ouvir a nossa mãe A mandar-nos ir sózinhos” Ou que triste é ter de trocar os calções pelo colarinho apertado, ter cartão de Identidade já com outro penteado. É tudo verdade sim senhor. É com estas músicas que vamos crescendo e dando sentido á nossa vida. Hoje tudo é diferente. Desapareceram as pessoas que mais amamos por que envelheceram e pereceram, as mesmas que nos sorriam a cada chegada do mês de Dezembro, para passar o Natal e Fim de Ano. Pais, Avós, tios, primos pessoas que nos ajudaram a construir esses sonhos e que recordamos com saudade a cada ano que passa. Agradeço ter meus pais para me ajudarem a lembrar alguns cantinhos esquecidos dessa meninice feita com musgo e pinheiros, com rabanadas e aletria. Com foguetes feitos de canas de milho ou ainda daquela lareira que estava sempre acesa para nos aquecer depois de uma jornada ao frio cortante dos montes que ficavam nas faldas do Gerês.
Apesar de tudo ser diferente, hoje venho aqui com alegria porque afinal sempre posso sonhar que dali o mundo até parecia um lugar feliz onde era bom viver. Por isso, ás vezes lembro que o Carlos Tê continua a ter razão: É triste ser responsável Guardar horas na cabeça Ter tantas obrigações Que fazem andar depressa Ai como é bom recordar Esse tempo de criança Às vezes queria parar Crescer muito também cansa.

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